Em defesa dos servidores e do serviço público de qualidade

Em seu sexto dia, GREVE consolida adesão da categoria

Dia 18 de maio, sexto dia da GREVE dos trabalhadores públicos de São Bernardo, e quem temeu que o final de semana pudesse arrefecer a disposição de luta da categoria, ficou feliz com o que viu: um verdadeiro mar de gente marchando pelas ruas da cidade, lutando por mais direitos e por respeito!

Logo cedo, a categoria foi chegando à Praça Santa Filomena, onde informes eram passados e um momento especial de alongamento foi dirigido por nossa companheira Talita Zanelato: “Precisamos nos preparar para enfrentar mais um dia de caminhada”, animava ela. Por volta das 10h, a multidão de servidores já descia pela Marechal em direção ao Paço.

Presidente interrompeu reunião para dialogar com trabalhadores

O presidente do SINDSERV, Giovani Chagas, desde cedo estava em reunião com membros da CUT ABC e da Administração, no Paço Municipal. Com a chegada da caminhada, Chagas desceu, acompanhado do coordenador regional da Central Única dos Trabalhadores, Cladeonor Neves, e do diretor do SINPRO ABC, companheiro Rafael, para informar o andamento da reunião aos manifestantes (clique aqui para ler a matéria sobre a reunião). Chagas destacou que aquela reunião tinha um significado especial, visto que o governo municipal havia dito que só receberia o Sindicato no dia 28: “A força da nossa GREVE está começando a abrir portas. Precisamos continuar assim, até que uma proposta concreta seja apresentada, acrescida do compromisso do não desconto dos dias parados e da não imputação de faltas injustificadas”, defendeu Chagas.

Naquele ponto, logo após a fala do presidente, os manifestantes seguiram em direção ao saguão do Paço, caminhando por dentro da prefeitura até a saída lateral, no final da Lucas Nogueira Garcez. “Eu não me conformo em saber que mesmo vendo e ouvindo esta massa de trabalhadores em GREVE, ainda tenha gente trabalhando no Paço”, comentou uma das manifestantes, enquanto outra corrigiu “Acho que a maioria absoluta é de comissionados”.

Trânsito parado, Marinho é o culpado

O impacto das caminhadas realizadas pelos grevistas está sendo sentido pela cidade. Em várias redes sociais e nos relatos de vizinhos, parentes, amigos, ouve-se a consternação popular em virtude do congestionamento monstruoso gerado por nossas manifestações. Há os que se revoltam e os que apoiam. Para todos, a resposta é a mesma: enquanto não houver negociação e respeito aos servidores, a trânsito continuará sendo interrompido, até porque é impossível preservar o trânsito com cerca de 7 mil pessoas caminham pelas ruas, juntas.

Repercussão

A imprensa continua cobrindo com bastante atenção a nossa GREVE. Rádios que dão flashs sobre o trânsito, como SulAmérica, CBN e Band, passaram a noticiar nossas manifestações. Os jornais da região acompanham passo a passo, e as rádios comunitárias da cidade, também. Porém, o grande trunfo de mídia para nós são as redes sociais, especialmente o Facebook e o WhatsApp, além de nosso site, jornal e Aplicativo – APP do SINDSERV.

Novas táticas

O dia de hoje serviu para que reforçassemos táticas que já deram certo e pensássemos em novas, como a de realizar carreatas e bandeiraços nos mutirões nos bairros. A experiência foi excelente, gerando um grande volume na cidade e garantindo um visual que cativa a população, ao mesmo tempo em que convence quem ainda não aderiu à GREVE. 

Hoje, nos dividimos em quatro regiões, e os relatos das visitas às unidades é muito animador! Havia escolas onde praticamente não tinha adesão e que a maioria absoluta dos profissionais decidiu aderir, comprometendo-se a estar conosco na Praça, nesta terça (19).

Uma outra estratégia que deu certo e gerou uma importante repercussão na mídia foi o encontro das quatro carreatas dos bairros, mais uma quinta que saiu da Santa Filomena, no centro do Riacho Grande. O efeito do encontro foi a inevitável paralisação da Via Anchieta.

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