Foi assim, com luta, que foram conquistadas as 8 horas semanais de trabalho, o direito à organização sindical dos(as) trabalhadores(as), as melhorias nas condições e segurança nos espaços laborais, os melhores salários, o descanso semanal remunerado, as férias anuais, o 13º salário, a licença maternidade, o direito à aposentadoria, o direito de greve. E está sendo assim, com luta! A classe trabalhadora, de forma coletiva e organizada, tem lutado nas ruas para garantir o direito à vida e ao trabalho, lutando para impedir que nenhum direito seja retirado da categoria dos servidores.
Mulheres e homens perderam a liberdade e a vida para que possamos usufruir de direitos e acessar os bens materiais e simbólicos que produzimos com o trabalho. No caso brasileiro, os(as) trabalhadores(as) foram legalmente escravizados (as) por mais de 350 anos, tendo seus corpos e tempo de vida como propriedade de outro, e essa herança histórica ainda se faz presente nas atuais relações de trabalho. A reforma trabalhista e a reforma da previdência são exemplos recentes de que as elites brasileiras, com a falácia de “modernização das leis trabalhistas”, nunca aceitaram, de fato, legislações que resguardem a vida com alguma proteção social para o trabalhador.
Esse pensamento escravagista coloca milhões de brasileiros na miséria e aqueles que lutam pelo mínimo de cidadania para essa população são os servidores públicos, que trabalham na educação, saúde, segurança, moradia, cultura, lazer e assistência social, entre outros. Entretanto, esses mesmos servidores também são constantemente desrespeitados e desvalorizados, em especial pela atual gestão municipal da cidade de São Bernardo do Campo.