Está sendo assim, com luta por nenhum direito a menos, que a classe trabalhadora de forma coletiva e organizada tem lutado nas ruas, nas praças e com o sistemas político e judiciário para garantir ao longo da história o direito à vida e ao trabalho.

​Mulheres e homens perderam a liberdade e a vida para que possamos usufruir de direitos e acessar os bens materiais e simbólicos que produzidos com o trabalho, no caso brasileiro, os/as trabalhadoras/as foram legalmente escravizados/as por mais de 350 anos, tendo seus corpos e tempo de vida como propriedade de outro, essa herança histórica se faz presente nas atuais relações de trabalho.

​A reforma trabalhista e reforma da previdência são exemplos recentes de que as elites brasileiras com a falácia de “modernização das leis trabalhistas”, nunca aceitaram de fato legislações que resguardem a vida com alguma proteção social para o/a trabalhador/a, esse pensamento escravagista coloca milhões de brasileiros e brasileiros na miséria, e os/as que garantem o mínimo de cidadania a essa população são os/as servidores/as públicos que trabalham na: educação, saúde, segurança, moradia, cultura, lazer, na assistência social.

​Contudo esses/as mesmos/as servidores/as também são constantemente desrespeitados/as e desvalorizados/as em especial pela atual gestão municipal da cidade de São Bernardo do Campo e pela ameaça recente da PEC/32, criada pelo governo federal para acabar com os serviços públicos, terceirizando e privatizando os direitos da população.

​Nós servidores/as de São Bernardo mostramos no mês de abril nossa capacidade de organização e mobilização no dia 08/04, com mais de 2000 (dois mil) trabalhadores/as nas ruas, com a organização do ato do dia 13/04 e com a demonstração da nossa indignação no dia 20/04.

​O 1º de maio é, portanto, o dia de exaltarmos juntos/as a resistência histórica, defender as conquistas do presente e de anunciar que estamos alerta quanto ao futuro e qualquer projeto que possa ameaçar a vida da classe trabalhadora.