No dia 25 de julho de 1992 ocorreu o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana. Ao longo dos anos, a data vem se consolidando no calendário de lutas do movimento negro e tem resgatado a resistência das mulheres negras, bem como cumprido o papel de denunciar o racismo e o machismo. No Brasil a data também homenageia Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou rainha, resistindo bravamente à escravidão por duas décadas no Quilombo de Quariterê, localizado no Vale do Guaporé, em Mato Grosso. Conforme os registros históricos, o local abrigava pessoas pretas e indígenas. A data possibilita resgatar a história da mulher negra desde o Brasil colonial até os dias atuais. A partir de 2016, devido à reforma previdenciária em 2016 e à destruição das leis trabalhistas, os impactos econômicos pioraram sensivelmente as condições de vida das mulheres negras, que são a maioria nos trabalhos domésticos, nos trabalhos precários e na informalidade. Estes tipos de ocupação laboral são brutalmente afetados nos momentos de crise econômica. No Brasil, a mulher negra está socialmente numa das posições mais vulneráveis quando analisados fatores como: taxa de homicídios, inclusão no mercado de trabalho, disparidade salarial, condições de trabalho e desemprego. Portanto, neste dia 25 de julho de 2023, levantemos nossas vozes e nossas lutas, para denunciar o descaso, construir o presente e anunciar um futuro com muito mais dignidade. Tereza de Benguela, Presente!