Mal foi reeleito e o prefeito Orlando Morando aprontou mais uma contra servidores e munícipes. Desta vez, o governo do atual prefeito anunciou o encerramento das atividades da EMEB do Espaço Cidadania, antigo Centro de Qualificação Profissional, no Centro.
A notícia caiu como uma bomba para alunos e profissionais da unidade escolar. Primeiro pelo período em que foi anunciada, em pleno mês de dezembro, ou seja, às vésperas do novo ano letivo, ocasionando grande transtorno com o remanejamento para outras unidades escolares.
“Tal medida fere o direito dos estudantes ao desconsiderar a centralidade territorial da escola (critério de escolha dos alunos) a qual possibilita/garante o acesso e a permanência à unidade escolar, por parte do estudante trabalhador, uma vez que muitos vêm do trabalho de diferentes localidades da cidade ou até de outros municípios”, criticou o Fórum Municipal de Educação de São Bernardo do Campo, em comunicado oficial.
Em segundo, porque mostrou grande desrespeito com os servidores da Educação que atuam na EMEB. Sem um aviso sequer, serão transferidos para outro setor, comprometendo o processo de remoção 2020/2021, em andamento na rede.
“Essas vagas foram publicadas nos canais oficiais da Secretaria de Educação e no dia da publicação do resultado final da fase 3, na véspera que finalizaria o período para entrar com recurso, foram comunicados sobre a extinção da EMEB e da designação para outra unidade escolar, sendo assim, preteridos de suas escolhas, comprometendo todo processo, já que os profissionais não poderão adquirir titularidade em escolas de seus respectivos interesses e direitos, interferindo na vida de muitos profissionais inscritos no processo de remoção”, aponta o Fórum.
“Pelos profissionais desconhecerem tal informação, foram impedidos de participarem de outras fases da remoção, nas quais poderiam optar inclusive pela mudança de modalidade, sabendo que não mais atuariam na Unidade Escolar em questão”, completa o comunicado.
Vale ressaltar que a EMEB em questão tinha importante serviço voltado para a educação de jovens e adultos em períodos diurno e noturno, para cerca de 350 alunos a cada semestre – destes, 32 com deficiência ou mobilidade reduzida. Essa é a forma como a atual administração trata alunos e servidores. Sem diálogo, com imposições e deixando o serviço público de qualidade em segundo plano.