Fazendo jus à falta de diálogo que impera desde que assumiu a Prefeitura de São Bernardo do Campo, em 2017, o prefeito Orlando Morando mais uma vez negou-se a abrir diálogo com os servidores públicos municipais e com movimento de moradia. Em ato realizado no Paço Municipal, nesta quarta-feira (2), o chefe do Executivo deu as costas para a concentração de servidores e moradores que pacificamente protestavam em frente à Câmara de Vereadores.
Ambos os movimentos pediam diálogo do governo a respeito do aumento da alíquota da previdência para os servidores, aprovado na semana passada pelo legislativo municipal e que impactou em um corte de 3% na folha salarial da categoria. Paralelamente, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) pedia a abertura de negociação na remoção de famílias no Jardim Regina, DER e Ocupação União. De acordo com o movimento, nos três locais a prefeitura iniciou processo de desocupação sem sequer avisar os moradores.
Além do prefeito, os vereadores, em dia de sessão, negaram reunião com representantes do sindicato e do movimento e fechou os portões de acesso da sede do Legislativo. E para piorar, em ato antidemocrático, marca da atual gestão da prefeitura, enviou a ROMU (Ronda Ostensiva Municipal) e a Polícia Militar na tentativa de intimidar a mobilização.
“O governo, como de costume, não quis nos atender. E o presidente da Câmara, Juarez Tudo Azul, não quis conversar. É o mesmo modo de atuar”, afirmou Dinailton Cerqueira, diretor do Sindserv SBC. “Esse é só o início do uma resistência que nós faremos em quatro anos”, completou.