Governos seguem à risca cartilha do neoliberalismo, congelam investimentos, privatizam serviços e desrespeitam os trabalhadores.
Nos anos 1990, uma onda neoliberal iniciou o processo de destruição do serviço público no Brasil, sob os pilares do Consenso de Washington, um pacote econômico proposto pelo FMI para ampliar o acúmulo de riquezas das grandes corporações na América Latina. Suas dez regras básicas eram:
- Disciplina fiscal;
- Redução dos gastos públicos;
- Reforma tributária;
- Juros de mercado;
- Câmbio de mercado;
- Abertura comercial;
- Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições;
- Privatização das estatais;
- Desregulamentação das leis econômicas e trabalhistas;
- Direito à propriedade intelectual.
O impacto da implantação dessas medidas provocou o aumento da miséria em nosso país, com altas taxas de desemprego, a entrega de estatais estratégicas às grandes corporações, a elevação da taxa de juros e o sucateamento do serviço público.
Este processo foi interrompido durante os governos do presidente Lula e no primeiro governo de Dilma Rousseff, quando, apesar de equívocos e da manutenção de algumas medidas adotadas pelos governos de FHC, houve grande investimento na indústria nacional, fortalecimento de setores estratégicos estatais e programas sociais que geraram empregos, renda, acesso à universidade, ao crédito e à moradia popular.
Hoje, um governo ilegítimo, rejeitado por 95% da população, e um Congresso mergulhado em denúncias, impõem a aplicação das medidas neoliberais como jamais visto!
Os inimigos da classe trabalhadora estão rindo a toa, pois encontraram respaldo e apoio à sua ganância na maioria dos políticos e governantes do país. Lamentavelmente, no nosso caso, nas três esferas eles se sentem representados!
O SERVIÇO PÚBLICO NO ALVO DO GOLPE
Temer, Alckmin e Morando rezam na mesma cartilha neoliberal e têm como um dos objetivos sucatear os serviços públicos para provocar a insatisfação da população e, assim, justificar as privatizações ou a terceirização irrestrita.
Para isso, congelaram os investimentos públicos até 2037 – PEC da Morte, desvalorizaram os servidores, promovendo acúmulo de perdas salariais, e investem pesadamente no desmonte dos direitos dos concursados, especialmente com a aprovação do fim da estabilidade na CCJ do Senado.
ELES ESTÃO UNIDOS. E NÓS?
Engana-se quem pensa que a questão é meramente de disputa entre partidos. Isto é luta de classes. Enquanto a classe dominante se une e usa seus políticos e a mídia para nos manipular, nós, da classe trabalhadora, não podemos perder mais nem um minuto na organização da resistência.
SÓ A LUTA E A RESISTÊNCIA ORGANIZADA PODEM BARRAR O RETROCESSO
Nós não vamos dar trégua, nem aceitar calados o fim dos nossos direitos! É por isso que o SINDSERV e a CUT estão mobilizados e preparados para as próximas batalhas desta luta! Porém, só sairemos vitoriosos com a participação efetiva de todos e todas.
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