Sindicalistas discutem propostas em comum para serem entregues ao Consórcio Intermunicipal, entidade que envolve os sete prefeitos
Os servidores municipais do ABCD decidiram se unir para reivindicar conjuntamente temas da categoria junto ao Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne as sete prefeituras da Região. Até o momento, houve dois encontros entre os sindicatos dos servidores de Santo André, São Bernardo e Diadema, mas a intenção é buscar o apoio também em outras cidades – São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A proposta deve ser encaminhada ainda neste semestre.
Entre as reivindicações dos servidores está a criação de Plano de Cargos e Salários em todos os municípios, redução da jornada na área da saúde de 40 para 30 horas semanais, unificação do piso da educação, além de garantia de um terço da jornada dedicada ao planejamento de aulas e preparação de avaliações dos professores.
“Ao nos unirmos, fortaleceremos nossas lutas pela categoria”, afirmou Carlos Alberto Pavan, presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores) de Santo André. “Temos vários problemas em comum e a ideia é batalharmos juntos para agilizar soluções”, completou.
A presidente do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), Jandyra Uehara, explica que outra solicitação será o fim da terceirização dos serviços públicos. “A terceirização tem levado à precarização do trabalho. Enquanto o dinheiro deveria ser investido nos servidores, vai para a iniciativa privada. Temos visto muito disso na área da saúde”, afirmou.
Já o presidente do Sindserv de São Bernardo, Giovani Chagas, disse que os sindicatos têm percebido uma “política semelhante para os servidores” entre os prefeitos da Região e citou a questão do reajuste salarial do ano passado. “Os índices foram praticamente os mesmos e as estratégias bem parecidas. Alguns assuntos serão pontuais e outros vamos propor uma mesa permanente de negociação”, afirmou.
O Consórcio negou qualquer tipo de movimentação dos prefeitos em torno da questão salarial dos servidores. “O Consórcio Intermunicipal esclarece que o tema dissídio salarial dos servidores, alvo dos referidos questionamentos, nunca esteve na pauta de discussões das assembleias mensais dos prefeitos, fórum para as decisões regionais da entidade”, concluiu nota oficial da entidade.
Fonte: ABCD Maior, Política, 25 de fevereiro de 2014.