Em defesa dos servidores e do serviço público de qualidade

Servidores e aposentados aprovam retomada da pauta econômica da campanha salarial e protestos contra o grupo Notre Dame Intermédica

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Os servidores e aposentados de São Bernardo do Campo deliberaram a retomada da discussão da pauta econômica da campanha salarial com o governo e o início de uma série de manifestações contra os serviços prestados pelo Grupo Notre Dame Intermédica, em assembleia realizada na segunda-feira (29/11), na sede do sindicato.

A escolha pela retomada da pauta econômica vem de encontro com as últimas reuniões entre o Sindserv SBC e a prefeitura. O sindicato pauta junto ao governo a retomada das discussões de 2020 e 2021, anos em que a prefeitura sequer se manifestou diante da campanha salarial dos servidores. No entendimento de todos na assembleia, a forte crise econômica e a inflação vigente no país fazem ainda mais urgente recomposição inflacionária do salário da categoria.

A empresa responsável pelo plano de saúde da categoria também será alvo de ações por parte dos servidores e aposentados. O número de reclamações sobre os serviços prestados pela empresa tem crescido e a extinção do IMASF, como já era de se esperar, sucateou ainda mais os serviços prestados.

Além dos dois pontos pautados, também foi pautada a necessidade de pressão junto aos vereadores na audiência pública que será realizada nesta terça (30/11) na Câmara Municipal, para apresentação da LOA (Lei Orçamentária Anual). De acordo com levantamento do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apresentado durante a assembleia, a prévia da LOA aponta redução de 4% na despesa do município com o chamado pessoal, ou seja, a manutenção de servidores públicos. “Há que se cobrar explicações junto aos vereadores para que isso seja explicado e, ainda, que o servidor tenha reajuste salarial”, apontou Victor Pagani, diretor técnico do DIEESE.

Nos últimos dois anos a prefeitura alega que não pode realizar reajuste no salário do funcionalismo por conta da Lei Complementar 173, criada pelo Governo Federal para combater a pandemia. Naquela ocasião, estados e municípios receberiam aporte financeiro da União, mas se comprometeriam a não dar reajuste os servidores públicos. Entretanto, a legislação não impede o reajuste inflacionário, sobretudo por conta da alta inflação no país e a consequente perda de compra da população. “Os números mostram um empobrecimento de 30% dos servidores”, garantiu Pagani.

Agora é a hora de pressionar! O estudo apresentado pelo DIEESE ainda mostra uma alta taxa de terceirização nos serviços públicos do município, nenhuma novidade para nós que fazemos parte da máquina pública. Isso tudo aliado à grande quantidade de contratação de OSS (Organizações de Saúde) e grande quantidade de verba para publicidade tem dado o tom das prioridades do governo à frente da prefeitura. Portanto, servidore(a)s e aposentado(a)s, a hora de nos mobilizar é agora!

Entre os pontos pautados também ficou definida a realização de assembleias permanentes entre a categoria e o sindicato.

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