Sem nenhum tipo de debate ou negociação com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Bernardo do Campo, nesta quarta-feira (29), após sessão tumultuada onde servidoras e servidores públicos municipais foram impedidos de entrar no plenário da Câmara Municipal, a maioria dos vereadores aprovou projeto de lei, enviado pelo prefeito Orlando Morando, que reajusta os salários do funcionalismo em 7%, muito abaixo dos 18% que a categoria reivindica para reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.
Além disso, o projeto aprovado só prevê reajuste no auxílio-alimentação – que é pago em pecúnia, por dia efetivamente trabalhado – e não é pago nas férias, nas licenças ou afastamentos do servidor, nem incorporado ao salário. Portanto, não pode ser considerado como “reajuste salarial”.
O Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema repudia o autoritarismo do prefeito Orlando Morando, seu desrespeito com o funcionalismo, sua falta de diálogo e sua prática antissindical que visa prejudicar, dificultar e impedir a negociação coletiva prevista no artigo 7° da Constituição Federal de 1988 e no artigo nº 611 da Consolidação das Leis de Trabalho como uma forma legal de estabelecer condições de trabalho, benefícios e reajustes salariais.
Este tipo de ataque ao funcionalismo público de São Bernardo do Campo e ao seu legítimo representante, o SindServ SBC, é um ataque também às demais entidades sindicais, ao conjunto do funcionalismo público e à toda classe trabalhadora, e deve ser repudiado de forma veemente.
O Sindema se solidariza com o SindServ SBC e com a luta dos funcionários públicos de São Bernardo do Campo por respeito, valorização e melhores condições de vida e trabalho! Estamos juntos nesta luta! Juntos somos mais fortes!