O mês de março simboliza a luta das mulheres no combate à violência doméstica, à discriminação por gênero e ao direito à igualdade, liberdade e autonomia.
Com o objetivo de fortalecer essa bandeira e homenagear a iniciativa das mulheres socialistas que, com muita garra, coragem e sem saber que fariam história, deram início ao Dia Internacional da Mulher, o SINDSERV lançou o MÊS DO LAÇO LILÁS, que consiste em uma série de atividades, representadas simbolicamente por uma fita na cor lilás, em forma de laço.
Durante o mês de março usaremos este símbolo e vamos distribuí-lo para a categoria, amigos, parceiros e visitantes do Sindicato. “Prepare o seu laço ou retire no Sindicato, organize seu grupo e participe das atividades que a diretoria preparou. A participação é um modo de afirmar o compromisso de cada um contra a violência que milhares de mulheres ainda sofrem diariamente”, disse a nossa Diretora de Organização, Arlene de Paula.
O nosso Sindicato montou um calendário de ações e temas que contemplam a pauta das mulheres e conta com a sua presença!
HISTÓRIA
Tudo começou no dia 8 de março de 1857, na cidade de Nova Iorque, quando operárias de uma fábrica de tecidos fizeram uma grande greve e foram reprimidas com muita violência. O final foi trágico e totalmente desumano: durante o ato, as tecelãs foram trancadas
dentro da fábrica, que foi incendiada por seu próprio proprietário. 130 dessas mulheres morreram carbonizadas, envoltas em um tecido lilás.
Na manifestação, as tecelãs reivindicavam melhores condições de trabalho, como a redução da jornada para 10 horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), a equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e o tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
Em 1910, durante um Congresso de Mulheres Socialistas, na Dinamarca, a militante Clara Zetikin sugeriu que 0 8 de março passasse a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem às trabalhadoras assassinadas em Nova Iorque. Já em 1975, através de um decreto, a ONU (Organização das Nações Unidas) oficializou a data.
Confira o calendário de ações proposto pelo SINDSERV:
05 de Março – Lançamento da campanha do Laço Lilás durante o Programa Opinião Pública, na Rádio Paraty Fm 87,5 (clique aqui para ouvir a gravação).
Dia 14 – Debate: Gênero e trabalho com participação de Simony Mascarenhas, coordenadora pedagógica na rede de educação e coordenadora de organização da União Brasileira de Mulheres- UBM
Dia 21 – “Consciência Corporal” com participação de Ana Lúcia Martos, diretora de base do sindicato e convidados.
Quick massage com Diogo Monge – terapeuta
Dia 28 – Palestra – Combate à Violência Doméstica e Juizado Especial Feminino em São Bernardo do Campo.
Convidada: Dulce Xavier – militante das causas e direitos das mulheres.
Todas as atividades vão ocorrer em nossa sede a partir das 19 horas com entrega de certificado.
É bom saber
Em São Bernardo do Campo as mulheres permanecem em luta pela criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres com a finalidade de dar proteção contra qualquer tipo de agressão seja física, psicológica, moral e patrimonial em alinhamento a Lei 11340/2006 – Maria da Penha.
Você sabia que…
– O CMDM – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – política pública efetiva atua em parceria com a sociedade civil.
– O Juizado de Violência Doméstica Contra a Mulher que irá agilizar as medidas protetivas de urgência para as mulheres em situação de violência.
– 2,4 milhões de mulheres tiveram carteiras de trabalho assinadas nos últimos três anos, são as mulheres guerreiras em busca de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.
– 72% das propriedades da reforma agrária foram registradas em nome das mulheres. São mulheres contribuindo para o crescimento da economia, ajudando na produção de alimentos e cuidados com a terra.
– No Programa “Minha Casa, Minha Vida” a mulher tem prioridade, e é a beneficiada. Do total de um milhão e meio de casas já entregues 52% foram registradas em nome delas.
– Na educação, as mulheres se sobressaem, estudam em média dois, três anos a mais que os homens. Mas no mercado de trabalho ainda é discriminada, mesmo com mais estudo o salário é em média 20% menor. Questão de gênero? Desafio a ser conquistado.
– A mulher negra ainda sofre com o preconceito. Outro desafio de todos e todas.
– Precisamos conquistar mais espaço no universo machista da política, as mulheres ocupam apenas 9% da Câmara dos Deputados e 12% no Senado. Defender paridade é luta pelos mesmos direitos e pela democratização do Estado.
– Tudo isto prova que as mulheres estão a frente de muitas ações, mas as bandeiras de luta igualdade, autonomia e liberdade não podem baixar. São históricas! As políticas públicas devem continuar sendo criadas, implantadas e implementadas para possibilitar conquistas para as mulheres favorecendo sobretudo o rompimento total da violência praticada contra as mulheres.
– Segundo a presidenta Dilma em discurso em homenagem ao Dia Internacional da Mulher em 03/03/2014 a mesma afirma que “Será construída uma casa da Mulher Brasileira em cada capital e cada uma terá a Delegacia da Mulher, o Ministério Público, a Justiça Especializada, a Defensoria, a Assistência Social, o Sine (Sistema Nacional de Empregos), e as áreas rurais terão atendimento com 54 ônibus itinerantes.