Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que compõem o bloco dos Brics, assinaram acordo que oficializa a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e fizeram um acordo de reservas. O objetivo das iniciativas é o financiamento de projetos de infraestrutura em países emergentes e a criação de mecanismos de defesa diante de turbulências financeiras.
A decisão obriga os cinco países a institucionalizarem mais as relações, para além de mero aprofundamento da coordenação entre eles. Agora, pela primeira vez, o bloco passa a ter estruturas operativas comuns.
É preciso observar agora se, com essa institucionalização, os Brics poderão alterar o peso que têm na constituição de uma nova ordem mundial multipolar e também no rascunho efetivo do desenho de um novo sistema financeiro internacional.
A criação do Brics fortalece uma tendência de governo de esquerda contra uma tendência neoliberal de países alinhados com os Estados Unidos. A importância desse fundo contra a especulação de grandes instituições financeiras, “abutres” que esfolam os países em desenvolvimento, é muito grande.
É importante mencionar que o Brasil foi um dos grandes articuladores desse bloco, mas que somente conseguiu devido à política interna que implantou nos últimos 12 anos, que conseguiu passar de devedor a credor do FMI, fazendo distribuição de renda, inclusão social, reajustando o salário mínimo acima da inflação (mais de 85%) e gerando mais de 15 milhões de empregos com carteiras assinadas.
“A importância desse bloco, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não esta apenas nas reservas econômicas através do Brics para socorro contra a especulação ou crise, mas também para o desenvolvimento da economia através da cadeia produtiva desses países além de estreitar as relações para o fortalecimento das exportações e troca de tecnologia entre os países do bloco”, disse o presidente do SINDSERV, Giovani Chagas.
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Com informações do DIEESE