A Pinacoteca de São Bernardo (Rua Kara, 105, Jardim do Mar) recebe de 9 de abril a 10 de maio a exposição itinerante ‘Estação da Língua’ do Museu da Língua Portuguesa. A mostra, que resgata a história, a origem e as peculiaridades da Língua Portuguesa, finaliza seu roteiro de sete cidades pelo Litoral e Interior paulista e já recebeu 40 mil visitantes. As visitas são feitas de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, e quintas até 20h30. As escolas devem fazer o agendamento, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30, pelo telefone 4125-4056.
A exposição – já passou por Santos, Registro, Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto – reproduz, por meio de recursos interativos e tecnológicos, atrações do Museu da Língua Portuguesa, entre as quais, a Praça da Língua, Origens, Grande Galeria e Linha do Tempo.
Uma das novidades é o Mapa dos Falares Paulistas. No espaço, o visitante conhece um pouco dos sotaques da população do Estado (as influências indígenas e africanas e a contribuição dada ao idioma pelos imigrantes).
A exposição, idealizada pela Secretaria de Estado da Cultura, IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, organização social de cultura que gere o Museu da Língua Portuguesa, e a Arquiprom, abriga projeção de breves textos literários – como acontece na Praça da Língua, no Museu – especialmente escolhidos para esta itinerância.
Em ambiente imersivo, três frases promovem o início da viagem pela história da Língua Portuguesa: “Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”, de Fernando Pessoa; “Penetra surdamente no reino das palavras”, de Carlos Drummond de Andrade; e “Como é que chama o nome disso”, de Arnaldo Antunes, foram interpretadas pelos atores Paulo Betting, Júlia Lemmertz e Deborah Evelyn. Painéis de led vermelho reproduzem o que está sendo ouvido.
Em cada cidade a exposição está em um espaço cultural apropriado e, nele, o percurso é feito em seis áreas expositivas. Começa com uma grande escultura de caixas onde se apresenta o Museu da Língua Portuguesa e segue para o ‘desembarque’, formado por um painel gráfico com as origens da língua e um vídeo/animação que apresenta as conquistas e a expansão ultramarina de Portugal até o ano de 1500 – quando ocorre o descobrimento do Brasil. Esta seção inclui terminal multimídia que permite ao visitante ouvir os vários sotaques do Português pelo mundo.
A terceira área expositiva reproduz parte de outra ala consagrada no Museu da Língua Portuguesa: a Linha do Tempo, com a evolução do idioma no Brasil até a atualidade. O visitante segue para terminais com telas touch-screen que apresentam a relação do Português com outros idiomas, como as línguas indígenas e africanas, e também as influências dos imigrantes europeus em solo brasileiro.
O passeio se aproxima do fim num painel em forma de quebra-cabeça que apresenta vídeo baseado em dez entrevistas especiais. O vídeo permite confrontar e mesmo sugerir diálogo entre cinco cidades paulistas, ressaltando as particularidades linguísticas de cada região.
A etapa final da visita destaca em projeções a presença diversificada da Língua Portuguesa no dia a dia do brasileiro, até mesmo em sonhos, com a apresentação de dois vídeos – Culinária e Danças – que fazem parte da estrutura da Grande Galeria do Museu, na Estação da Luz.
No total, são quase 300 metros quadrados de área expositiva, divididos em cobertura/contêineres e espaço fechado. A estrutura é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a ‘Estação da Língua’ foi estruturada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outra cidade em até sete dias.
Fonte: Prefeitura de São Bernardo do Campo