Em defesa dos servidores e do serviço público de qualidade

Servidores da PMSP decretam greve

COMPARTILHE com os botões abaixo!

sampaprev

sampaprevOs trabalhadores públicos municipais de São Paulo decretaram greve a partir de 4 de fevereiro. Segundo dados da Secretaria de Gestão de Pessoas, a cidade conta com 121.295 servidores.

Além da pauta econômica, a greve tenta reverter a lei que alterou o regime de previdência, Sampaprev. O projeto, enviado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e aprovado pela maioria dos vereadores, eleva de 11% para 14% a contribuição dos servidores para aposentadoria, uma espécie de “confisco salarial”. Esse foi o principal ponto do conflito, desde que o governo municipal apresentou o projeto, ainda quando João Dória, também do PSDB, era o prefeito. Originalmente, previa a elevação da alíquota para 19% e por conta da luta dos servidores ao longo do ano a contribuição foi reduzida no projeto do governo.

MUTIRÕES REGIONAIS

A estratégia traçada pelo Sindsep na mobilização para a greve é a realização de mutirões regionais. Um amplo calendário de atividades foi estabelecido já nos primeiros dias do ano e uma das preocuopações é em relação ao período de recesso dos trabalhadores da educação: “A agenda que a gente construir em cada região precisa envolver o pessoal da educação que está de férias”, alertou o presidente da entidade, Sérgio Antiqueira, em plenária realizada no dia 8 de janeiro.

Já Flavia Anunciação, servidora do HSPM e dirigente do Sindsep afirmou que “Trabalhadores têm por obrigação defender a bandeira contra os retrocessos e retirada de direitos e que derrubar o Sampaprev é um desafio possível, desde que ninguém solte a mão de ninguém”.

SÃO BERNARDO CORRE OS MESMOS RISCOS

Uma coisa é evidente para todos os munícipes de São Bernardo: o prefeito da cidade é uma cópia mal acabada de seu novo “padrinho”, João Dória, eleito governador. As ações de marketing, acima da construção de políticas públicas eficazes, o eterno discurso eleitoral e a irresponsabilidade em relação aos trabalhadores públicos é idêntica, tanto na curta gestão de Dória à frente da prefeitura, quanto do atual prefeito, Bruno Covas. Diante de um histórico desses, não é difícil de se imaginar que o famoso “copia e cola” de projetos da capital seja mais uma vez executado por aqui e que o SBCPrev também seja alvo da sanha persecutória de Morando contra os servidores.

O presidente do SINDSERV, José Rubem, alerta para o risco: “Temos que colocar a barba de molho! Esse jeito tucano de maltratar os servidores é uma marca histórica, e não tenhamos dúvidas de que novas derrotas para nossa categoria estão sendo tramadas. Nossas aposentadorias estão em risco e só com muita mobilização poderemos impedir mais retrocessos”. Nosso presidente cita o exemplo da categoria em SP para alertar os trabalhadores de São Bernardo: “Os servidores da capital realizaram uma grande mobilização, mas mesmo com as ruas do entorno da Câmara tomadas, os vereadores aprovaram a proposta, que teve como relator Fernando Holiday, do DEM e do MBL, que fez ataques terríveis à honra dos trabalhadores públicos. No dia seguinte à aprovação, o Diário Oficial do Município trouxe inúmeros registros de distribuição de cargos aos vereadores da base de apoio. É por isso que temos que garantir nosso apoio à greve paulistana e estar em peso na nossa Assembleia de aprovação da pauta da Campanha Salarial 2019, que vai acontecer no dia 12, na nossa sede”, convoca José Rubem.

COMPARTILHE através dos botões abaixo:

FILIE-SE AO SINDICATO!

Benefícios e descontos para você e sua família e apoio jurídico para seus direitos!