Todos os dias milhares de pessoas em todo o mundo atentam contra suas vidas, aqui no Brasil não é diferente infelizmente
Neste 14 de agosto, o Sindserv se fez presente no seminário “Prevenção ao Suicídio: Vamos falar sobre a vida?”, promovido pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC e organizado Grupo de Trabalho Pessoa Idosa. A programação deste evento foi a seguinte:
Indicadores sociais dos índices de suicídio
Karol Casagrande Crepaldi – Especialista em Saúde Mental e Reabilitação Psicosocial;
Protagonismo da sociedade civil no enfrentamento ao suicídio
Maria Elena Julio – Vice-coordenadora do Centro de Valorização da Vida
Política nacional de prevenção da automutilação e suicídio;
Patrícia Moretti – Especialista em Transformação de Conflitos e Estudos da Paz.
Esse seminário proporcionou uma vivência de extrema importância para o Sindicato, já que, temos recebido demandas de servidores devido a carência de setores especializados na prevenção, em referência aos profissionais que não tem amparo preventivo e sim curativo quando já não há muito o que fazer de efetivo num curto-médio prazo. Além da falta de credibilidade quando o profissional apresenta sinais de problemas psicológicos.
A Epidemia
Segundo pesquisa encomendada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) o número de suicídios cresceu 25% nos últimos 2 anos e as principais vítimas são homens jovens, negros e moradores da periferia.
Essa condição de vulnerabilidade é muito mais complexa do que podemos supor, envolvendo questões que vão da crise econômica, falta de perspectiva laboral, passando pela cultura machista e racista, mas também e principalmente é uma questão de saúde. Comumente é convencionado em nossa sociedade a superstição que problemas neuro-atípicos como depressão e ansiedade, devem ser tratados como problemas ligados a religião ou frases prontas que em boa parte, prejudicando ainda mais a situação de quem está em vulnerabilidade.
”Muitas vezes ouvimos que é apenas fraqueza ou frescura, nossa sociedade está tão doente que tende a normalizar a morte de nossos jovens, principalmente negros e moradores da periferia. Com essa crise econômica, os números de suicídio vem crescendo vertiginosamente. Cabe a cada um de nós ficarmos atentos e sermos solidários” disse Marlene Matias, vice-presidente do Sindserv.
Pensando nesse quadro cada vez maior de suicídios, em 2015 em conjunto com entidades como os Conselhos de Psicologia, Psiquiatria e o Centro de Valorização da Vida, Ministério da Saúde iniciou a campanha Setembro Amarelo, com o intuito de esclarecer de forma pedagógica a população que depressão, ansiedade e outros distúrbios que podem motivar o suicídio, devem ter tratamento médico e psicológico.
Durante o Setembro Amarelo todos os estabelecimentos públicos exibem material publicitário mostrando os principais sintomas da depressão e mostram locais onde é possível buscar auxílio profissional. Um desses locais, na verdade um número, é o Centro de Valorização da Vida 188, que está disponível 24/7 ( 24 horas e 7 dias por semana) e possui atendimento em todo o território nacional. Além é claro dos CAPS ( centro de atendimento psicossocial) da rede pública municipal.
Falar é a melhor opção
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
Ligue 188