Em defesa dos servidores e do serviço público de qualidade

A cidade só cresceu porque a gente trabalhou muito!

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bernardo

bernardoSalve, simpatia!

Já vi que vou ter muito trabalho este ano! Já choveu e-mail denunciando um verdadeiro festival de presepadas. Agora, me segura! Eu tô p. da vida e vou soltar a cachorrada! No site do SINDSERV, já postei algumas pérolas da Administração, como o não pagamento da Etapa/2012 aos profissionais da Saúde, o jogo de pingue pongue feito com os Auxiliares de Limpeza, a dor de cabeça gerada pela remoção na Educação e os descalabros cometidos pelos peritos do SIM. Dê uma olhadinha lá. A coisa não anda nada bonita, não!!!

Hoje, quero aproveitar meu espaço para falar da Campanha Salarial.

Recebi alguns e-mails e vi posts no Facebook do Sindicato com questionamentos sobre dissídio, data-base, negociação, queixas sobre o convênio, revolta geral com os auxílios alimentação e transporte, sofrimento com as altas taxas de juros bancários… Sobre o processo de Campanha Salarial, precisamos entender que no serviço público as coisas não funcionam da mesma forma que no privado. Nosso Sindicato não representa apenas os CLTistas, mas todos os trabalhadores ativos, inativos, aposentados e pensionistas, independentemente do regime jurídico.

Normalmente, a negociação coletiva é confundida com dissídio coletivo ou com o acordo coletivo. No primeiro, existe uma tentativa de acordo entre as partes, no segundo a decisão de acordo cabe ao Judiciário. Os dissídios coletivos se instauram mediante petição inicial na Justiça, na qual são expostas as reivindicações.

Todos os acordos coletivos que realizamos têm que virar lei municipal. Em 2009, na Assembleia de elaboração da pauta de reivindicações, os trabalhadores propuseram março para ser nossa Data Base. Isto foi acordado com a Administração e virou lei. Portanto, março é o período que tomamos como referência para as negociações.

Agora, vou falar uma coisa: estamos vivendo uma situação muito grave de perda do poder aquisitivo. É muito triste ver colegas de cabeça baixa, endividados, sem condições de pagar aluguel e, muitas vezes, sem dinheiro até para ir trabalhar ou para se alimentar.

O preço de tudo sobe: a passagem de ônibus foi para R$3,30. Mesmo quem tem direito ao auxílio transporte pago hoje, tem que tirar da mesa dos filhos para pagar o busão! O preço da comida também aumentou. Aí vem um auxílio alimentação que não dá nem pra comer uma coxinha e tomar uma tubaína! E o aluguel? Nas alturas! Por isso que nosso Sindicato está na luta por um projeto habitacional que beneficie os servidores. Ah! Por falar em moradia, tem o IPTU, também. Quer mais ou já tá chorando?

Se ainda não chorou, dê um pulinho no hospital que atende os beneficiários do PFGB. É lá na casa do chapéu! A gente ainda fica feliz quando tem vaga ou quando o médico não pediu descredenciamento por não receber os honorários!

Como é que alguém pode prestar bons serviços à população nestas condições? Se liga aí, chefia!

A cidade cresceu. Tem milhares de novos habitantes que precisam dos serviços públicos. As excelências de plantão vão ter que acordar para a realidade: somos nós que garantimos os serviços de saúde, educação, trânsito, manutenção das vias, praças e parques, que levamos esporte e cultura, que promovemos a arrecadação e fiscalizamos este monte de obras. Sem nosso serviço, a cidade para! E a cidade só cresceu porque a gente se matou de trabalhar!

Estamos lançando a Campanha Salarial nos setores e precisamos de sua ajuda. Você pode fazer a diferença!

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