Mais uma prova de que o atual prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, não está preocupado com a saúde dos servidores da Educação foi dada nessa semana. Em mais uma de suas lives nas redes sociais, canais em que ele não aceita críticas e cobranças e bloqueia quem discordar de sua opinião, o prefeito anunciou que a volta às aulas vai ser realizada em 1º de março mesmo sem a vacinação de profissionais da Educação.
“Se não tiver (vacina) em 1º de março, nós pretendemos retornar (às aulas) da mesma forma”, afirmou, em vídeo publicado na última sexta-feira (5), assumindo o risco de contaminação de coronavírus entre alunos, professores e demais servidores que atuam nas escolas.
A declaração teve tom ainda mais grave, comparando os educadores a demais profissionais. “Como tantos outros profissionais não pararam de trabalhar. Vamos, aqui, ser justos. O pessoal que trabalha no varejo continua sem tomar vacina, o motorista de ônibus, o motorista de caminhão. Eles continuam trabalhando”, completou, colocando a sala de aula como um local qualquer, sem risco de contaminação em massa entre professores, alunos, funcionários das escolas e, consequentemente, familiares dos estudantes.
Em Campinas, o retorno às aulas anunciado por uma escola ocasionou a transmissão da COVID-19 a 47 pessoas – 39 funcionários e 8 alunos. No local, que possui 1,3 mil estudantes, as aulas haviam sido retomadas em 25 de janeiro.
Vale lembrar que ao longo de todo o período de isolamento social por conta da pandemia, os servidores da Educação não pararam de trabalhar. A maioria continuou atuando, seja de casa, seja nas próprias EMEBs.
O sindicato está estabelecendo um calendário de atividades com os trabalhadores, visando mobilização com o retorno mediante a vacinação para todos.