Estatuto dos Profissionais da Educação
SINDSERV vai apresentar estudo e realizar votação em todas as escolas.
A Diretoria do SINDSERV vai realizar, em fevereiro de 2013, um amplo, democrático e transparente processo de votação para saber, realmente, o que pensam os trabalhadores sobre o Estatuto dos Profissionais da Educação.
Todas as unidades escolares receberão urnas e todos os trabalhadores da Educação terão direito ao voto. O resultado desta votação será levado à rede, à Mesa Permanente de Negociações e à Câmara dos Vereadores, responsável pela aprovação, ou não, da nova lei.
“Queremos realizar uma votação referendada pela representação oficial da categoria, que é o nosso Sindicato e, tenho certeza, vamos dar uma grande lição de cidadania, democracia e participação, com transparência absoluta na votação e na apuração, bem como total respeito às decisões tomadas pela categoria, com anúncio público e ampla divulgação através dos meios de comunicação do Sindicato e da imprensa em geral”, explica o presidente do SINDSERV, Giovani Chagas.
Nosso Sindicato, através de sua Diretoria, tomou a decisão de não legitimar a votação convocada pela secretária da Educação. “Fazer opção pelo ‘sim’ ou pelo ‘não’, bem como fazer boca de urna ou participar da apuração teriam representado a legitimação de um processo que consideramos nulo de pleno direito”, afirma a Secretária Geral do SINDSERV, professora Cássia Tochetto. “Respeitamos a decisão de quem quis participar da votação, mas não podemos deixar de criticar a prática anti-sindical promovida pela SE, nem o equívoco de grupos que entraram no jogo do ‘sim’ contra o ‘não’, onde só os trabalhadores perderam”, conclui Cássia.
A Diretora de Comunicação, professora Arlene de Paula, segue a mesma linha e acrescenta: “Não reconhecemos o resultado desta votação, visto que careceu de todos os preceitos básicos para garantia da lisura do processo. Apontar o que queremos para nossas carreiras vai muito além de poder dizer ‘sim’ ou ‘não’. É uma pena que setores que se consideram representantes dos educadores não tenham compreendido a sutileza da SE em provocá-los a legitimar o processo”.
Já nossa 1ª Secretária, a Coordenadora Pedagógica Evelyn Cunha, ressalta a importância da medida adotada pela entidade: “Vamos realizar a nossa consulta e, com certeza, o número de trabalhadores envolvidos, bem como a qualidade das respostas, vão demonstrar objetivamente ao Executivo e ao Legislativo o que precisa e como pensa nossa rede”.
Com esta proposta, nosso Sindicato quer permitir que a categoria tenha tempo suficiente para analisar as propostas e tomar uma decisão consciente. “Impor uma votação uma semana depois da apresentação de uma contraproposta, num momento em que todos estão envolvidos com relatórios, conselhos de classe, reunião com pais, prestação de contas, além da mostra cultural no sábado letivo é, no mínimo, desrespeitoso, pois força a categoria a uma tomada de decisão imediata, sem análise, discussão e reflexão da contraproposta. E fazer isso desrespeitando os representantes legítimos, democraticamente eleitos para representar a categoria, é uma prática anti-sindical inaceitável, que coloca em risco toda a história do movimento no Grande ABC”, afirma Giovani Chagas. “Quem não tiver a capacidade de respeitar a classe trabalhadora, também não terá capacidade para educar seus filhos”, conclui o presidente.