Por Giovani Chagas, presidente do SINDSERV SBC.
A partir de 1988, quando a Constituição Federal foi promulgada, os trabalhadores públicos puderam se organizar e constituir sindicatos de servidores.
A liberdade e autonomia sindical nada mais é do que a liberdade de os trabalhadores poderem se organizar e decidir sobre as propostas apresentadas pelos patrões, nesse caso a administração.
Na defesa da liberdade e autonomia sindical é que o Sindicato tem se posicionado a cerca do estatuto dos profissionais da educação.
Sobre a proposta apresentada pela administração, esta foi rejeitada por 56% dos trabalhadores que compareceram à assembleia, que é o legítimo fórum de decisão dos trabalhadores. O Sindicato sempre afirmou que quem negocia é a sua direção, mas quem decide é o trabalhador, em assembleia. Estamos defendendo, justamente, esse direito constitucional.
Sobre a “carta aberta” enviada pela administração, trata-se de um documento oficial e, nesse primeiro momento, cabe ao trabalhador cumprir a determinação, pois é oficial. O Departamento Jurídico do Sindicato vai analisar e se posicionar a respeito dessa ação. Politicamente, faz parte da correlação de forças. Cabe a cada trabalhador, ao entregar o documento, esclarecer os pais, educandos e a toda a comunidade escolar o que realmente está acontecendo e porque a proposta foi rejeitada em assembleia.
Isso demonstra que o Sindicato está no caminho certo, de fortalecimento da luta sindical e na organização da categoria.
Nesse momento, é muito importante entender que a luta não terminou e nem vai terminar, seja com a aprovação ou não do projeto de lei, mas é importante a união dos trabalhadores.
A atual administração vai passar, nós ficaremos e vamos trabalhar juntos e lutaremos juntos muitas outras vezes, seja em defesa de educação pública de qualidade, seja em defesa de nossos direitos.
Agredir verbalmente ou expor um colega pelo seu posicionamento não é o caminho e reforça o que a secretaria costuma dizer, que os diretores são autoritários. Temos que debater no grupo o projeto de alteração do estatuto de forma civilizada e democrática.
Temos que ter cuidado, temos que ser cautelosos para não sermos usados pelas pessoas. É momento de construirmos nossa opinião.
Lembre-se: a divisão não interessa aos trabalhadores, interessa apenas a pequenos grupos ou a projetos pessoais. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.