Uma verdadeira aula de democracia e mobilização: assim podemos resumir a participação dos trabalhadores da Educação na consulta realizada pelo SINDSERV. Todos que quiseram participar tiveram o direito garantido, primeiro nas unidades escolares, e depois, através do nosso site, para atender àqueles que não estiveram em seus locais de trabalho no dia 4 de março ou para corrigir eventuais falhas no recolhimento das respostas. Foram quase 4 mil participantes, o que representa mais de 60% dos trabalhadores em serviço.
Os números demonstraram que a categoria continua na defesa das bandeiras construídas ao longo do processo, as quais o Sindicato sempre defendeu: a importância de todos os profissionais no processo pedagógico, o fortalecimento do serviço público com a realização de concursos e a necessidade da retomada das negociações.
A ampla participação na consulta produziu um resultado imediato: a retomada das negociações, agora, num novo patamar, com muito mais autonomia. Saltamos da Mesa Setorial para a Mesa Permanente de Negociações, e isto poderá agilizar a tomada de decisões.
Já os números, que apresentamos neste Jornal, serão fundamentais para que nossos negociadores reafirmem as posições da categoria. Não vamos fugir do debate, nem aceitar imposições. Vamos agir com responsabilidade, pensando sempre no coletivo, não em grupos ou cargos isolados. Quem negocia em nome do coletivo não pode, jamais, “olhar para o próprio umbigo”!
Vamos retomar as discussões, levando os resultados das negociações a quem tem poder de decisão:VOCÊ, trabalhador da Educação. Nossa vitória vai depender de nosso grau de unidade e da compreensão de que juntos somos muito mais fortes. Ninguém, por mais preparado que tente aparentar ser, é maior ou mais capaz que o coletivo. É por isso que, em todos os atos promovidos por nosso Sindicato reafirmamos, que os direitos da classe trabalhadora são sagrados e que não abriremos mão deles. A paralisação de 2012, a consulta e a Assembleia para aprovação do Estatuto, ficarão marcadas na história como protestos legítimos por uma educação de qualidade para este município. Os negociadores do governo precisam ter esta sensação: de que por trás dos representantes da categoria estão milhares de famílias, dos próprios trabalhadores e de seus alunos, dispostas a ir à luta para garantir seus direitos e educação de qualidade!