O SINDSERV convoca, novamente, todos os trabalhadores a marcarem presença na próxima sessão da Câmara, dia 27, a partir das 8h00.
A sessão da Câmara dos Vereadores do dia 21 de novembro foi marcada por protestos de educadores e GCMs. Defendendo a democracia e a autonomia sindical, trabalhadores ocuparam o plenário do legislativo, saindo somente às 7h da manhã do dia seguinte, com a realização de novo protesto. Isso impediu a votação do projeto de lei que cria o novo Estatuto dos Profissionais da Educação. GCMs também participaram da ocupação, depois de saberem que o compromisso de progressão horizontal anunciado pela Administração há uma semana havia se transformado em promessa para o PCCS. Os guardas já estavam se manifestando durante as sessões da Câmara há mais de um mês. A criação da progressão horizontal nas carreiras da GCM estava prevista para 2010. Os últimos acontecimentos e o clima vivido na Guarda não permitem que se espere mais tanto tempo para uma solução, por isso, o SINDSERV quer um posicionamento concreto da Administração ainda este ano.
Sindicato cobra respeito ao Acordo Coletivo
O presidente do nosso Sindicato, Giovani Chagas, utilizou a tribuna da Câmara para defender a autonomia sindical. Citou o Acordo Coletivo, assinado pela Administração, no qual há o reconhecimento da Convenção 151 da OIT-ONU (Organização Internacional do Trabalho), que prevê o respeito à autonomia sindical. “Realizamos uma Assembleia absolutamente legítima. Os trabalhadores rejeitaram a contraproposta e somente um fato novo, que fosse capaz de alterar os pontos polêmicos e, por mais de uma vez, rejeitados, permitiria o estabelecimento de um novo processo de decisão”.
Divisão da categoria interessa a quem?
As galerias da Câmara ficaram lotadas durante todo o dia. Antes das 7h00, já havia trabalhadores formando fila do lado de fora da casa. Havia opiniões favoráveis e contrárias ao projeto de lei. Até aí, uma demonstração de diferença de posicionamentos que deve ser respeitada. Porém, algumas cenas de clara demonstração de intolerância são preocupantes. “Não podemos permitir que estas divergências promovam a divisão da categoria. Somente unidos poderemos garantir que a Administração cumpra o Estatuto vigente, com as devidas mudanças de referências e com o pagamento das progressões atrasadas, equipare os salários dos professores substitutos e garanta progressão na carreira e, finalmente, que cumpra a promessa feita pela Secretária de Educação e altere as referências dos Coordenadores Pedagógicos”, defende Giovani Chagas.